Thursday, November 29, 2007



"...Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe por que ama, nem o que é amar ...
Amar é a eterna inocência,
E a única inocência não pensar..."

("O Meu Olhar" - Alberto Caeiro)

"O HOMEM é, por desgraça, uma solidão:
Nascemos sós, vivemos sós e morremos sós."


Miguel Torga

Monday, November 26, 2007


"...Não digo como o outro: sei que não sei nada
sei muito bem que soube sempre umas coisas
que isso pesa..."

("Voz numa pedra" - Mário Cesariny)

Sunday, November 25, 2007


"Era fodê-los com um pau cheio de urtigas!"



"...I won't bore you with the details, baby
I don't even wanna waste your time
Let's just say that maybe
You could help to ease my mind
Baby, I ain't Mr. Right
(...)
My friends got their ladies
They're all having babies
I just wanna have some fun
(...)
I made my way into the night
Stupid Cupid keeps on calling me
I see nothing in his eyes
(...)
So why don't we make a little room
In my BMW, babe?
Searching for some peace of mind?
Hey, I'll help you find it
I do believe that we are practicing the same religion..."

("Fastlove" - George Michael)


" A mulher ideal é sempre a próxima."
José Cid in LUX

Thursday, November 15, 2007


"- Meu rapaz, olha: eu já não me lembro do nome da primeira mulher com quem fui para a cama, nem se era feia ou bonita, loira ou morena, espanhola ou portuguesa. Mas lembro-me das circuntâncias e dos amigos com quem estava. Provavelmente, daqui a uns anos, não te lembras nem do nome da Jolie, mas há uma coisa de que te irás lembrar a vida toda: que quem te deu pela primeira vez uma mulher a provar foi o senhor teu pai. Deves-lhe isso, e isso um filho não esquece."

(in "Rio das Flores" de Miguel Sousa Tavares)

Sunday, November 11, 2007


("La metamorfosis" de Franz Kafka, por La Fura dels Baus)


"... eu provavelmente morro com o fim da luta mas se te faz feliz eu páro... e recomeço com um ódio banal que não nos faça tanto mal... que não nos torne mais amargos e nos deixe sem dúvidas..."

("Fim da luta" - Balla)

Wednesday, November 7, 2007

Ideais, valores e romantismos


"Há coisas que não são para se perceberem. Esta é uma delas. Tenho uma coisa para dizer e não sei como hei-de dizê-la. Muito do que se segue pode ser, por isso, incompreensível. A culpa é minha. O que for incompreensível não é mesmo para se perceber. Não é por falta de clareza. Serei muito claro. Eu próprio percebo pouco do que tenho para dizer. Mas tenho de dizê-lo.

O que quero é fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão. Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria.

Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo". O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios. Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem. A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas.

Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há,estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço. Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas. Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo?

O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida,o nosso "dá lá um jeitinho sentimental". Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade. Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar.

O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto. O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio,não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não sepercebe. Não é para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende.

O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser. O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe.Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem. Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado,viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir. A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a Vida inteira, o amor não. Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também."

(Miguel Esteves Cardoso in Expresso)


(Anita in Neverland, muito obrigada pela inspiração!)

Tuesday, November 6, 2007


No início parecem deuses, supra-sumos do conhecimento e da inteligência. Fazem tudo, sabem tudo, não têm medos... Depois, com o passar dos anos, a imagem muda... a imagem que tinhamos deles torna-se mais real. São pessoas como nós, com dúvidas e indecisões; com problemas e receios; sem respostas para aos seus próprios problemas e sem capacidade para nos ajudarem a resolver os nossos.
Quebra-se o santo... entra o caruncho na madeira... e dá um medo terrível de algum dia ter de estar no lugar deles.

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Se eles dizem...




"Love Can Damage Your Health" - Telepopmusik


Monday, November 5, 2007

"Anuncia-me"


A minha falta de engloba santos atenciosos, anjinhos carinhosos e virgens beneméritas.
O mundo não se faz de gente que espera porque o destino já está traçado, que aceita o bem e o mal como recompensas escritas nos céus. Não suporto esta passividade, esta inércia quase apática.
Com que então o Arcanjo Gabriel veio "anunciar" à Maria... pois pois...

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Saturday, November 3, 2007


Não ouço nem vejo nem sinto nada do que queria.
(tragam mais vinho tinto...)

Friday, November 2, 2007


"One way or another I'm gonna find ya
I'm gonna getcha
getcha getcha getcha
One way or another Im gonna win ya
I'm gonna getcha getcha getcha getcha
One way or another I'm gonna see ya
I'm gonna meetcha
meetcha meetcha meetcha
One day, maybe next week..."
("One way or another - Blondie)


Thursday, November 1, 2007



"Só um burro com sede é que mete sal na água que bebe."